Cultura tem excelente custo-benefício e apresenta um alto desempenho para ganho de peso e elevação da produtividade leiteira
A cada ano, mais produtores conquistam aumento na produção de leite e de carne com a utilização do azevém, cultura anual de inverno adaptada a regiões mais frias, como o Sul do Brasil. O azevém é a forrageira que tem maior digestibilidade de fibra para os animais e a época de plantio é de março a abril.
O teor de proteína bruta do azevém é de 22% a 26%. “A utilização pode ser na forma de pastejo e silagem pré-secado, tem um excelente custo-benefício e responde muito em ganho de peso e produção de leite”, afirma Maryon Strack Dalle Carbonare, zootecnista e diretora de Pesquisa e Projetos da MS.DC Consultoria.
Maryon explica que a cultivar tem alta produção de massa e qualidade nutritiva, focando na produção de proteína bruta e promovendo bons resultados na produção de leite e carne.
Variedades
A ATTO Sementes produz duas variedades de azevém: Ceronte e Nibbio. O primeiro é um tetraplóide, com folhas largas e um ciclo mais longo, o que possibilita mais pastejos. Já o Nibbio é um diplóide, com um rápido estabelecimento. Ambos podem ser utilizados para gado de leite, corte e pastejo.
O Ceronte tem potencial para até 10 ciclos de pastejos, com alta produção de matéria seca e excelente valor nutricional. O Nibbio tem potencial de até 8 ciclos de pastejo. A entrada dos animais para o Ceronte e o Nibbio é com altura de 20 a 25 cm e a saída é de 5 a 7 cm.
Em termos de forragens no verão, o produtor planta ADRf 6010 Valente ou ADR 500 SuperMassa e, no inverno, o azevém. Alguns produtores fazem produção de silagem pré-secado. “Ele responde muito bem, mas exige um bom manejo. A produção dos azevéns melhorados é ideal para produtores que trabalham com tecnologia, ou seja, com áreas bem adubadas, férteis, principalmente o Ceronte”, conta a especialista.
Mas Maryon lembra que é preciso se atentar a alguns detalhes na produção. “Quando falamos em pastejo, o foco é na fertilidade do solo, com boa adubação. Com o pré-secado, é fundamental ter disponibilidade de bons maquinários ou terceirização próxima a propriedade”.
Redação: Assessoria PG 1